quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...em outra dimensão

Fui ao show do Cordel do Fogo Encantado na segunda-feira, dia 24. Pra começar, tem que ser muito fã, pois sair à noite em uma segunda feira é foda. Mas no quesito "fã" eu ganho, sem problemas.
Sou muito fã do Cordel. É algo que foge totalmente de qualquer padrão: é música, é teatro, é literatura, é religiosidade, é folclore. Uma mistura pra lá de interessante.
Como sempre, o show foi catártico. Maravilhoso. Perfeito. O Lirinha tem a melhor presença de palco do Brasil (em minha singela opinião), e o "resto da banda" (Nego Henrique, Emerson, Clayton e Rafa Almeida) é muito perfeito, ótimos instrumentistas.
Uma hora e meia de show, dois bis (sim, a banda foi "obrigada" a voltar para um segundo bis), platéia (e banda) em transe absoluto, muita interação entre palco e platéia: isso é sentimento. Isso é talento. Isso é Cordel do Fogo Encantado. Uma banda que eu nunca vou deixar de ser fã.


Links:
Site oficial: www.cordeldofogoencantado.com.br
Ai se Sêsse (poema de Zé da Luz declamado pelo Lirinha nos shows e presente no primeiro CD do Cordel): http://www.youtube.com/watch?v=5wVJcdbWiuk&feature=related

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Inspirada na aula de ontem...

Há um homem sentado no chão do trem, mexendo no seu celular. Ele mexe no aparelho, desde que embarcou, na mesma estação que eu, há uns 25 minutos. Aperta os botões, liga, desliga, dá "toques", mexe, remexe, vira, desvira, observa. Cheira o celular. Alguém ligou para ele. Era só um "toque". Ele beija o celular. Quem será que ligou? Esposa, namorada, mãe ou amante?O tempo passa, e ele continua a analisar o aparelho. Pelo jeito agora ele vai descer. Ele levanta do chão, põe o celular na caixa. O trem pára, a porta abre e ele sai. Para quem será o celular novo que ele carrega?




Tentativa podre de escrever uma crônica, muy inspirada na aula de ontem. Será que posso?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Comentários sobre a realidade

Palavras da Sra. Tânia, Relações Públicas da ADVB
(palestrante de ontem no RP em Ação):
"A performance do profissional é validada pela sua atuação, e não por seu conhecimento e experiência".

PA-PA-PA-PA-PARÔÔÔÔ!!
SÓ UM POUQUINHOOO!!

Tudo bem, a moça falou bem na palestra.
Tudo bem, ela tem um currículo respeitável.
Mas eu discordo dela.
Discordo simplesmente porque isso não condiz com a verdade!

Tem empresa por aí pedindo EXPERIÊNCIA em vagas de ESTÁGIO!!
É... você achou um absurdo? Eu também.
Estágio serve para adquirirmos experiência, e não para termos nossa experiência colocada a prova.
Mas não é isso o que o mercado pede. Pedem estagiários com experiência, para atividades que não condizem com seus cursos.
Vou dar meu exemplo: curso Relações Públicas, e faço um estágio... e minha função no estágio é ser RECEPCIONISTA. Absolutamente NADA contra a função, mas onde está meu aprendizado? Onde está o "colocar em prática o que aprendo na sala de aula"? Onde está meu futuro? Onde está minha experiência para futuros estágios e empregos? Todos os meus estágios até agora não continham atividades condizentes com o curso (tá, eu fiz estágio num setor de Cerimonial, mas me colocaram para ser mais auxiliar de escritório do que auxiliar de eventos!!), e daí eu não consigo bons estágios porque não tenho experiência, e daí que isso torna-se um círculo vicioso. "Um cachorro correndo atrás do próprio rabo", como diria uma professora com quem tenho aula.
Experiência não conta?
Então tá...

E o conhecimento não conta?
Conta sim!
Voltando aos estágios (que são a minha realidade, pois só fiz estágios até agora), há vagas que pedem conhecimentos absurdos para um estudante. Idiomas, softwares, intercâmbios, CNH (siiiimmm!! Tem empresa que pede estagiário com CNH!!), etc, etc, etc... até parece uma vaga de emprego para ser diretor de uma multinacional! E os menos abonados, que não fazem cursos de idiomas e softwares porque não têm GRANA para isso? Nem vou falar de intercâmbios nesse caso, né? Não precisa...

É, às vezes pessoas renomadas também se equivocam.
Às vezes fico pensando: qual será o futuro de pessoas (estou me incluindo nessas pessoas!) que fazem estágios não condizentes com seu curso? Como será quando forem enfrentar o mercado de trabalho formal, e depararem-se com vagas desse tipo:

Empresa admite: Relações Públicas

Requisitos: sólida experiência em comunicação interna e externa, planejamento estratégico e assessoria de imprensa.

Poderíamos adquirir essa experiência em estágios, mas...

RP em Ação

Essa semana está rolando na Unisinos o RP em Ação, evento voltado aos estudantes de Relações Públicas. Neste ano, o foco das palestras são as tendências e perspectivas do mercado de trabalho para a profissão.
Ontem o tema da palestra foi Tendências do Mercado de Trabalho na Comunicação/Relações Públicas, e as palestrantes foram Tânia Giacobbo, Relações Públicas da ADVB/RS; Claudia Weiler, consultora de RH do Grupo RBS e Marta Busnello, Presidente do CONRERP-4ª Região.
As palestrantes falaram bem, só que devido a uma falta de comunicação antes da palestra (TRADUÇÃO: uma ligar para a outra e dizer "fulaninha, o que tu vais dizer na palestra? Preciso saber para não repetir o que tu vais falar!) houve muita repetição nos discursos. E nada de muito novo também, todas falaram que o profissional deve ser multimídia, falaram de globalização, tecnologia... enfim, o que estamos acostumados a ouvir. Mas falaram bem, inclusive a Marta e a Tania disseram que não tinham habilidade em palestras mas demonstraram o contrário.


Programação para o resto da semana:

11 de novembro - Terça-feira – 20h
Seleção dos Trabalhos Virtualmente (professores de Comunicação escolhem os trabalhos, e “juri popular” com votação dos alunos pelo site).
Painel: A conquista e reconquista do espaço de trabalho na Comunicação/Relações Públicas
Painelistas: Shirlei Raquel Manteufel, Analista de Relações Públicas do Hospital Moinhos de Ventos; Raquel Miranda e Patrícia d’Ávila, Inspetoras Sociais OAS Contrutora - Petrobrás Amazônia.
Local: Auditório Pe. Bruno Hammes (Direito)
Mediadora: Profa. Dra. Ana Damico


12 de novembro - Quarta-feira – 20h - Seleção dos Trabalhos - Finalização
Painel: Espaços de atuação e novo perfil profissional na Comunicação/Relações Públicas Painelistas: Gislaine Regina Rossetti, Diretoria de Comunicação Social da BASF para a América do Sul e Paulo Henrique Soares, Gerente de Comunicação Corporativa da Vale.
Local: Auditório Pe. Bruno Hammes (Direito)
Mediadora: Profa. MS Gabriela Gonçalves


13 de novembro - Quinta-feira – 20h
Entrega dos Prêmios Destaques do RP em Ação
Painel: Tendências em Relações Públicas
Painelistas: Profa. Dra. Maria Aparecida Ferrari, Diretora do curso de Comunicação – UMESP Local: Auditório Pe. Bruno Hammes (Direito)
Mediador: Prof. MS Lauro d’Ávila

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A propósito...

"A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias."

(O Manifesto Comunista - Marx & Engels)

QUEM FAZ A HISTÓRIA?

QUEM FAZ A HISTÓRIA (Bertolt Brecht)

Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?

Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?

Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?

Tantos relatos.Tantas perguntas.