Buenas, o caso esfriou um pouco, e agora a Justiça está descobrindo casos e mais casos dignos de prisão na família da guria, e isso mostra o poder que nós, profissionais da mídia, temos. Sim, porque se esse sequestro não fosse televisionado, eu acredito que não haveria tantas descobertas relativas ao passado da família da criatura.E a exposição do sequestro na sua quase totalidade? Fica a pergunta: será que temos o direito de "cavar" audiência utilizando o sofrimento humano? Para mim, sim e não.SIM, porque como repórteres, não temos o direito de escolher. A pauta nos é dada, e lá vamos nós, em busca da verdade e dos personagens. É nossa missão levar ao público as atualizações sobre os fatos, e nessa missão estão em jogo várias coisas, inclusive nossos empregos.E olhando pelo lado humano, NÃO temos o direito de aproveitar um fato que envolve a vida de uma pesssoa para alavancar a audiência dos veículos para os quais trabalhamos, simplesmente pelo motivo (óbvio) de que ninguém gostaria de ver sua intimidade, sua vida e seus dramas pessoais sendo expostos ao mundo. Tudo bem, houveram veículos que conseguiram fazer uma cobertura menos sensacionalista do caso, porém outros agiram com tanto sensacionalismo que mais pareciam um bando de urubus disputando para ver quem teria o privilégio de ter o primeiro contato com o "presunto".Ao trabalharmos com comunicação, temos um compromisso com nossos públicos de interesse: sempre buscar a verdade e o "furo de reportagem" para informar antes de todos, nem que para isso tenhamos que abdicar de certos valores pessoais, em nome de interesses, sejam pessoais, sejam profissionais.
P.S.: é brabo...
P.S. 2: também postado no Chá com Polenta, blog com o qual também passo a colaborar.
Visite --> www.chacompolenta.blogspot.com
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